
O satélite espacial GOCE lançado pela ESA, a agência espacial européia, possui uma órbita extremamente baixa comparada com as órbitas de outros satélites, sua órbita é tão reduzida que ainda sofre com a resistência da atmosfera extremamente rarefeita nesta altitude, de aproximadamente 270 quilômetros.
O satélite espacial GOCE é equipado com moteres especiais e um sistema de monitoramento muito preciso para que possa corrigir sua órbita influenciada ainda pela resistência do ar. Ao ser analisado os dados fornecidos pelo satélite constatou-se uma alteração substancial na pertubação da densidade do ar medida pelo GOCE minutos após o terremoto em terras japonesas, no mês de março de 2011, terremoto este que foi responsável pelo tsunami que devastou grandes áreas rurais e urbanas no Japão e proximidades.
Essas alterações na densidade do ar permitiu concluir que eventos sísmicos funcionam como uma espécie de enorme "gerador" sonoro na faixa do infra-som, produzindo ondas de variação entre baixa e alta densidade atmosférica, em consonância com o evento sísmico ocorrido.
Pela primeira vez é possível observar um fenômeno geológico olhando-se para o céu, bem como ampliar o conhecimento de quais os efeitos secundários que um fenômeno geológico como um evento sísmico pode provocar, efeitos esses perceptíveis a centenas de quilômetros de altitude em região orbital terrestre.
Confira o vídeo produzido pela ESA explicando o fenômeno:
Title: Earthquake ‘felt’ in Space
Released: 11/03/2013
Length: 00:02:31
Language: English
Footage Type: Animation
Copyright: ESA/IRAP/CNES/TU Delft/HTG/Planetary Visions
Description: New studies have revealed that the massive earthquake that hit Japan on 11 March 2011 was also felt in space by ESA’s GOCE satellite. The massive earthquake sent ripples of sound – called infrasound – upwards through the atmosphere. These sound waves caused changes in air density that were detected by ESA’s GOCE gravity satellite as it crossed the wavefront.
Mais informações sobre o satélite GOCE, a agência espacial européia ESA e este fenômeno pode ser obtido no artigo completo abaixo:
Credits: ESA/IRAP/CNES/TU Delft/HTG/Planetary Visions
Nenhum comentário:
Postar um comentário